sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


" Morte
(Hora de delírio)

"Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem.
Tu és o termo
De dou fantasmas que a existência formam,- Dessa alma vã e desse corpo enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,Amiga morte, vem.
Tu és o nada,Tu és a ausência das noções da vida.
Do prazer que nos custa a dor passada.
Pensamento gentil de paz eterna,Amiga morte, vem.
Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.
Nunca temi sua destra,
Não sou o vulgo profano:Nunca pensei que teu braço Brande um punhal sobr' humano.
Nunca julguei-te em meus sonhos
Um esqueleto mirrado:Nunca dei-te, p' ra voares,Terrível ginete alado.
Nunca te dei uma foice Dura, fina e recurvada;Nunca chamei-te inimiga,Ímpia, cruel, ou culpada.
Amei-te sempre: - e pertencer-te quero Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, - esse elemento
Que não se sente dos vaivens da sorte.
Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? - Preenche-a comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,

Leva-me ao nada, leva-me contigo. "

( Junqueira Freire )



Vi dois mundos hoje o da cadeira e o do mar*... não vou estender essa percepção louca minha...
Fechei os meus olhos por um longo tempo com a intenção de dormir, ficar inconsciente, anestesiada e não consegui... estou sentindo uns calafrios e meio dormente, eu estou com medo... queria muito um abraço protetor da minha mãe ou do meu pai, queria me sentir amada como sou... mas tudo bem, um dia terá que ficar.

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